quinta-feira, 26 de maio de 2011

A HUMANIZAÇÃO EM ATENDIMENTO PEDIÁTRICO - BRINCAR EM ATENDIMENTO PEDIÁTRICO: APLICAÇÕES E PERSPECTIVAS

A influência da humanização em crianças internadas em unidades pediátricas, estabelece correlações entre o comportamento lúdico e a estruturação do ambiente hospitalar. Estudos vem mostrando que o incentivo dessa atividade vem tornando o ambiente hospitalar mais descontraído, assim quebrando aquele clima triste, pois alguns estudos também observam que o psicológico afeta de forma agravante diferentes patologias clinicas.
            Na hospitalização, muitas vezes, a criança convive com o risco de morte e com restrições devido ao seu quadro clínico; no entanto, o sofrimento e as possíveis seqüelas causadas por uma internação podem ser minimizados quando se oferece um ambiente estruturado especificamente para favorecer o desenvolvimento das crianças. Esse tipo de ambiente deve contemplar uma equipe de profissionais especializados e conscientes das necessidades globais destes pequenos pacientes (Mitre & Gomes, 2004; Soares, & Zamberlan, 2003).
Dentro dessa conjuntura, os Doutores da Alegria vem ganhando espaço, uma vez que, mesmo doente, a criança sente necessidade de brincar. É por intermédio dessa ação que ela poderá aproveitar os recursos físicos e emocionais disponíveis naquele contexto específico para elaborar uma nova situação (Mello & cols., 1999). Por meio da brincadeira a criança recria regras, deixa a imaginação e os sentimentos livres, e, como resultado, é capaz de expressar experiências desagradáveis, atingindo um senso de controle sobre os eventos ocorridos e aprimorando sua auto-estima. O lúdico também auxilia na revelação de sentimentos e pensamentos através de comportamentos expressos. Uma criança que é capaz de expressar e interpretar seus sentimentos negativos com sucesso, verbalmente ou não, irá mostrar menor impacto psicológico negativo resultante da doença e da internação (Hart, Mather, Slack & Powell, 1992).
O recurso dessa Terapia no contexto hospitalar vêm mostrar o processo de recuperar a capacidade de adaptação da criança, serve como proteção para uma fragilidade que ela sofre quando se encontra em alguma patologia. Mesmo doente a criança sente vontade de brincar, reduzindo assim a tensão, raiva, frustração e ansiedade.  
O brincar pode servir também como elo entre a criança e os profissionais de saúde, enfocando não apenas a atividade desenvolvida, mas o tipo de relação estabelecida. Lindquist (1993) atenta para a necessidade de uma equipe profissional bem formada, coesa, que compreenda a importância das atividades lúdicas para crianças e adolescentes hospitalizados. Concomitantemente, o lúdico exerce efeitos terapêuticos sobre os pais, pois proporciona uma oportunidade de reorganização e de descanso. Nesse sentido, mesmo que estejam ativamente brincando com seus filhos, eles deslocam por algum tempo o foco do seu pensamento para algo além da doença. Adicionalmente, os pais se sentem confortados quando vêem suas crianças doentes participando de uma brincadeira, esquecendo por um tempo os efeitos negativos gerados pela hospitalização. Além disso, muitos deles gostam de brincar com suas crianças e entendem o brincar como um momento para se divertirem juntos e, o mais importante, para se sentirem um pouco aliviados. Essa outra face do brincar no hospital possibilita uma melhor interação entre pais e filhos diante da situação que estão enfrentando, ajudando-os a lidar melhor com a internação.

5 comentários:

  1. Nos dias atuais o tratamento humanizado vem ganhando cada vez mais espaço. Os profissionais da área da saúde estão passando a ver o paciente não apenas pela doença mais também sua parte emocional e social, o que trás uma melhora notável a esses pacientes. Mais para se obter um atendimento humanizado e de qualidade para esses pacientes é preciso que esses profissionais se qualifiquem, e se conscientizem atráves da educação continuada, pois muito ainda precisa ser feit0 para que todos tenham um atendimento humanizado sem discriminação de raça ou classe socail.

    Talina Miranda, acadêmica do 7º semestre do curso Bacharel em Enfermagem, Faculdade Seama.

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  2. “ Observa-se que o brincar na hospitalização infantil pode facilitar, abrindo possibilidades para uma assistência mais criativa e humanizada, reduzindo desta forma os efeitos estressantes. É verdade também que a utilização do lúdico na pratica diária pelos profissionais da saúde facilitam a assistência a criança hospitalizada. Até o seu comportamento perante o período de internação muda, pois ela acaba encarando aquela realidade como uma superação”.

    Comentário Feito pela Acadêmica da Faculdade Seama, da Turma 7ºEFN do Curso de Bacharelado em Enfermagem Raimunda Da Rocha Ferreira

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  3. A humanização ela é de extrema importância principalmente voltada para a área da saúde onde os profissionais estão lidando com todos os tipos de pessoas quando se trata do ato de cuidar de crianças ,que já estão fragilizadas pelo fato de estarem acometida por alguma patologia,e fora do seu ambiente familiar,elas devem receber o tratamento humanizado,dentro das instituições de saúde o profissional deve dispor de todas as suas condições necessárias para desenvolver com mais, qualidade,segurança,proporcionando uma melhor qualidade de vida, em um conjunto de serviços e atitudes capazes de favorecer a recuperação da saúde da criança.

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  4. Rir ainda é o melhor remédio, e a enfermagem vem fazendo um grande papel nessa prática levando a alegria e carinho para as crianças enternadas, os anjos da enfermagem proporcionam momentos de de alegria que são de grande importancia no tratamento dessas crianças. O que conprovadamente vem trazendo resultados, se rir é o melhor remédio rir com humanização é melhor ainda.

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  5. È necessário buscar estratégias para tentar amenizar o sofrimento das crinaças que estão doentes , internada, ou realizando algum tipo de tratamento, já que essa a crinça costuma brincar, correr , ir ao parque etc. E quando está em hospital não pode fazer nada disso,ficando ainda mais afetada não apenas pela doenças e também pela falta das brincadeiras.A idéia de criar os anjos da enfermagem é brilante pois ajuda á criança a passar pelo período de internação sem tantos sofrimento, ou então amenizar um pouco o seu sofrimento, pois esses anjos levam um pouso de felicidade á essas crinças que estão tão fragilizados.

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